Sindjorce oficia empresas para a garantia da segurança de jornalistas que cobrem acampamentos golpistas

Ilustração: Fernando Bola/Agência Câmara dos Deputados

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará (Sindjorce) tem acompanhado com muita preocupação o crescimento da violência política no Brasil. Foi assim nos últimos quatro anos e também nas eleições de 2022. A situação não se apaziguou desde a vitória de Lula nas votações presidenciais deste ano. Isso porque uma nova onda de ataques iniciou-se, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas urnas, se concentraram em frente a quartéis do Exército defendendo pautas antidemocráticas.

Em Fortaleza, a concentração acontece em um acampamento golpista montado em frente ao Comando da 10ª Região Militar. Os espaços são usados para atos de violência e manifestações de terrorismo, que têm como alvo, entre outros grupos, os profissionais e os veículos de imprensa. Só no dia três de janeiro de 2023, foram três agressões de jornalistas, registradas nos estados do Ceará, Espírito Santo e Rio Grande do Sul.

Neste sentido, o Sindjorce enviou ofício circular às empresas de comunicação e demais organizações jornalísticas onde reforça as seguintes orientações para atuação da imprensa cearense, tendo em vista a proteção e apoio às/aos jornalistas:

– Avaliar os riscos e a necessidade de envio de equipe de reportagem “in loco” e não enviar os profissionais em caso de prévia informação sobre animosidades ou conflitos, tendo em vista resguardar a integridade física e material dos trabalhadores;

– Alertar os profissionais designados para estas coberturas sobre os riscos de agressões por parte dos apoiadores dos “manifestantes” golpistas e adotar medidas protetivas, como o envio de escolta para os/as jornalistas, o envio de equipes completas aos locais de concentração, a disponibilização da assessoria jurídica para as equipes em campo e a autorização para as/os jornalistas, em situação de perigo, se retirem da pauta;

– Comunicar às autoridades competentes casos de ameaças prévias a jornalistas e/ou veículos de comunicação, sendo imprescindível o registro de boletim de ocorrência policial, seja presencial ou virtualmente, e a comunicação da ocorrência às chefias e ao Sindicato dos Jornalistas do Ceará;

– Divulgar orientações à categoria. Sugerimos o “Guia de Proteção a Jornalistas na Cobertura Eleitoral”, elaborado pela Secretaria de Saúde e Segurança da FENAJ, a partir de publicação do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo. A publicação está disponível no link: https://fenaj.org.br/wp-content/uploads/2022/09/2022_guia-FENAJ-de-protec%CC%A7a%CC%83o-jornalistas.pdf

– Orientar as mulheres jornalistas que cobrem ou participam destas coberturas a se protegerem tanto nas redes sociais quanto fora delas. Para ajudar nesse contexto, sugerimos o  “Guia para enfrentamento da violência política de gênero”, elaborado pelo Redes Cordiais, disponível no link: https://www.redescordiais.com.br/conteudo/mulheres-na-politica-guia-para-o-enfrentamento-da-violencia-politica-de-genero/ e a publicação “Falando sobre ataques online e trolls: um guia para jornalistas e criadores de conteúdo na internet”, disponível no link:  https://www.redescordiais.com.br/wp-content/uploads/2021/08/guia_trolls_paginasimples_12062021_ok.pdf, que ensina como lidar com ataques virtuais.


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