O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará (Sindjorce) realiza na próxima terça-feira, 21 de junho, ato solene de filiação de formandos da primeira turma do curso de Jornalismo da Terra, da Universidade Federal do Ceará (UFC). São filhos e filhas de assentados da reforma agrária integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) do Ceará. A atividade acontece na sede do Sindjorce (Rua Joaquim Sá, 545, Dionísio Torres), às 18h30.
Os jornalistas que ingressarão no quadro de filiados do sindicato da categoria formaram-se em 2013, em curso pioneiro no país, que teve início em novembro de 2009. À época, não só militantes do MST, mas também do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), que compõem a Via Campesina, realizam, em parceria com a UFC, este curso de graduação, cujo principal objetivo foi formar comunicadores populares para contribuírem com a organização do setor de comunicação dos movimentos sociais. A turma teve estudantes de outros estados brasileiros e foi nomeada de Luiz Gama, escravo que se tornou jornalista em 1960, após sofrer diversos tipos de discriminação e opressão. A iniciativa teve coordenação da professora Márcia Vidal.
Samira de Castro, presidente do Sindjorce, avalia que o ato coroa a parceria que o sindicato nutre com os movimentos sociais brasileiros, na luta pela democracia e pelo jornalismo, pautado no interesse público. “Nos orgulhamos muito de receber estes honrosos companheiros e lutadores populares no Sindjorce. Sabemos que eles defendem o verdadeiro jornalismo, que é àquele feito para os interesses do povo trabalhador. O movimento campesino deve reverenciar os seus comunicadores de luta, assim como o sindicato se engrandece com os seus mais novos filiados”, comenta a dirigente.