Cerca de 86% das negociações realizadas em março apresentaram ganhos acima da inflação medida pelo INPC-IBGE, segundo levantamento do Departamento intersindical de Estatísticas e Estudo Socioeconômicos (DIEESE).
Na data-base fevereiro, negociações com aumento real representaram 80,8% do total no mês e, na data-base janeiro, 77,7%. A proporção de reajustes abaixo do INPC-IBGE vem caindo. Foram 2,3% em março, diante de 10,6%, em janeiro, e 7,7%, em fevereiro.
No geral, a variação real média dos reajustes foi de 0,92% sobre o INPC-IBGE.
Pisos
O comportamento dos pisos apresentou poucas mudanças. O maior continua no valor de R$ 2.962,00 (3,1 salários mínimos); e o menor, equivalente a um salário mínimo.
O valor médio dos pisos salariais em 2018 é de R$ 1.110,07 (1,16 salário mínimo). O valor
mediano, de R$ 1.061,00 (1,11 salário mínimo).
Os dados são preliminares e podem mudar à medida que novas negociações forem finalizadas.
Greves
Nos últimos 12 meses, o SAG (Sistema de Acompanhamento de Greves) do DIEESE registrou 154 paralisações na indústria. Entre as mobilizações, destacam-se as dos metalúrgicos (70 greves); dos trabalhadores da construção (42); e dos químicos (23).
No setor de serviços houve 503 paralisações. As principais foram a do transporte
coletivo urbano (182 greves); dos trabalhadores da limpeza, serviços gerais e coleta de lixo (114); e da saúde em hospitais, filantrópicos e organizações sociais (110).
Os atrasos no pagamento dos salários, das férias e do décimo terceiro motivaram 45% das
greves da indústria e 66% das greves nos serviços.