Dia do Jornalista: Sindjorce conclama população a aplaudir os operários da notícia

Em meio à pandemia do novo coronavírus, as e os jornalistas profissionais atuam também na linha de frente do combate à proliferação da Covid-19, levando informação à população. Afinal, desinformação também mata. Em reconhecimento ao trabalho das operárias e dos operários da notícia, o Sindicato dos Jornalistas do Ceará (Sindjorce) convida toda a sociedade a se mobilizar no Dia do Jornalista, comemorado em 7 de abril, às 20h, participando do ato “Aplausos na Janela”.

“Convidamos os cearenses a bater palmas nas janelas, lajes , portas e sacadas, para demonstrar a importância do acesso à informação e solidariedade à nossa categoria profissional, que resiste e enfrenta os ataques com mais produção de notícias”, conclama o presidente do Sindjorce e diretor do Departamento de Mobilização e Negociação da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), Rafael Mesquita.

Segundo o Relatório Percepção Pública da Ciência e Tecnologia no Brasil (edição 2019), 49% dos brasileiros confiam nos médicos, 38% nos jornalistas e 34% em cientistas de instituições públicas. Já o  Barômetro de Confiança, produzido pela Edelman, mostra que os meios jornalísticos tradicionais são apontados como mais confiáveis por entrevistados de dez países, incluindo o Brasil. Cientistas e médicos também aparecem como fontes com maior credibilidade na pesquisa realizada no início de março deste ano.

O jornalismo produzido pelas empresas tradicionais de mídia é, para os brasileiros, a fonte mais confiável na divulgação de informações sobre a pandemia do novo coronavírus, segundo pesquisa do Datafolha, divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo. As redes sociais e aplicativos de mensagens, onde é propagado grande volume de desinformação, são vistos como pouco confiáveis neste momento.

Segundo o levantamento do Datafolha, programas jornalísticos da TV (61%) e jornais impressos (56%) lideram no índice de confiança sobre o tema, seguidos por programas jornalísticos de rádio (50%) e sites de notícias (38%). Em posição oposta à imprensa profissional estão os conteúdos que vêm de WhatsApp e Facebook. Nas duas plataformas, apenas 12% dizem confiar em informações sobre o coronavírus. Nelas, o índice dos que dizem não confiar nas informações atinge 58% (WhatsApp) e 50% (Facebook).

“Desde o início da pandemia, temos visto os colegas nas redações e assessorias de imprensa se desdobrarem para levar informações e garantirem o direito à comunicação da sociedade brasileira. São homens e mulheres que estão nas ruas, em meio a uma situação de grande estresse social e que requer, inclusive, cuidados para que não sejam infectados e nem se tornem vetores de propalação do vírus”, afirma a segunda vice-presidenta da FENAJ e diretora de Comunicação, Cultura e Eventos do Sindjorce, Samira de Castro.

A dirigente sindical frisa que não existe jornalismo sem jornalistas, sem profissionais que cumprem uma função social primordial às sociedades democráticas. “O  jornalismo precisa ser confiável e responsável e, neste sentido, é preciso que a população valorize e reconheça o trabalho daqueles e daquelas que enfrentam situações adversas, muitas vezes, dentro do próprio ambiente de trabalho, como jornadas extenuantes e baixos salários”, destaca.

“Não se trata de heroísmo, mas de valorizar os operários e operárias da notícia, assim como os profissionais da saúde”, acrescenta Rafael Mesquita. E como amanhã é Dia Mundial da Saúde, ele reforça o chamamento para aplausos conjuntos aos jornalistas e aos trabalhadores da saúde.

Grave a sua homenagem e envie o vídeo para o Whatsapp do Sindjorce – (85) 9 89708634.

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