Estudantes de Jornalismo da UFCA debatem a importância da representação classista

O que é sindicato? Para que serve uma entidade sindical? Como devemos nos organizar para garantir direitos? Esses e outros questionamentos balizaram a realização da roda de conversa “Identidade Jornalística”, promovida por meio do projeto Encontros Universitários Sindjorce – Edição Cariri. O bate-papo aconteceu no dia 15 de agosto, com os estudantes de Jornalismo da Universidade Federal do Cariri (UFCA) e contou com o apoio do Centro Acadêmico de Jornalismo Xico Sá.

Conduzido pelo secretário-geral do Sindicato dos Jornalistas do Ceará (Sindjorce) e diretor de Educação da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), Rafael Mesquita, o evento contou com a participação de cerca de 20 estudantes, notadamente os de primeiro e segundo semestres do curso de Jornalismo. O dirigente sindical falou sobre a importância da sindicalização e da pré-sindicalização, destacou a agenda de formação do sindicato na região, explicou sobre o mercado de trabalho e direitos dos futuros profissionais.

Também participaram a presidente do Sindjorce e 2ª Tesoureira da FENAJ, Samira de Castro, e a diretora de Administração do sindicato, Germana McGregor. A comitiva cumpriu agenda em Juazeiro do Norte e Crato, na terceira edição do projeto Sindjorce Itinerante, deslocando serviços e cursos para a região. “O trabalho do Sindjorce se dá em três frentes principais: organização da categoria, defesa do trabalho decente e formação”, disse Rafael Mesquita.

O secretário-geral também falou sobre a campanha “Estágio NÃO é exploração”, iniciada pelo Sindjorce, com o objetivo de combater a exploração da mão de obra estudantil pelas empresas de Comunicação. Após recolher depoimentos estarrecedores de estagiários (inclusive com casos de assédio moral e sexual), o Sindicato solicitou mediação no Ministério Público do Trabalho do Ceará (MPT). A primeira reunião aconteceu no dia 26 de junho, quando as empresas e a Instituições de Ensino Superior (IES) manifestaram vontade de dialogar para implantar iniciativas que acabem com as práticas abusivas.

O estudante Levi Costa Rabelo, membro do CA Xico Sá, comentou que foi muito válida a iniciativa do Sindjorce de dialogar com os estudantes para mostrar como funciona o mercado de trabalho do ponto de vista da luta de classes. “É muito necessário ter essa entidade que também se preocupa com os estagiários. Nós temos essa realidade que é entrar no mercado de trabalho muito cedo, em função dos estágios. Então, devemos também nos organizar enquanto categoria desde agora”, disse.

Já a presidente do Sindjorce destacou as iniciativas da entidade tanto na questão da formação complementar da categoria como na discussão de novas formas de exercício profissional com garantia de trabalho decente. “Temos um projeto chamado LabjorCE – Laboratório da Inovação Jornalística do Ceará, que tem o objetivo de treinar os profissionais para implementação de novos modelos de negócios no Jornalismo, sem precarização, desenvolvendo startups de notícias voltadas para a informação de interesse público e conteúdo regionalizado”, pontuou Samira de Castro.

Leia também: Por solicitação do Sindjorce, MPT chama empresas e universidades para discutir problemas em estágios


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