Fortaleza: Vereadores solicitarão inclusão de jornalistas no grupo prioritário de vacinação

A batalha liderada pelo Sindicato dos Jornalistas do Estado do Ceará (Sindjorce) para que os operários da notícia sejam incluídos entre os grupos prioritários de vacinação para a Covid-19 teve mais um passo decisivo. Hoje (09/03), atendendo solicitação da entidade, a vereadora Larissa Gaspar (PT) requisitou, em reunião da virtual da Frente Parlamentar em Defesa da Imunização contra a Covid-19, da Câmara Municipal de Fortaleza, que o colegiado demande, junto à Prefeitura da Capital, estudo para a inclusão desses profissionais no grupo prioritário de vacinação. Além de jornalistas, a parlamentar sugere a inclusão de assistentes sociais e cuidadores de idosos.

O conjunto dos membros da Frente definiu que vai formalizar essa solicitação junto à gestão municipal. Além disso, a presidente do agrupamento, vereadora Ana Paula (PDT), solicitou uma reunião virtual com os representantes das categorias citadas, encaminhamento aprovado pelos parlamentares.

“É importante buscarmos informações sobre a aquisição direta de vacinas pelo município através de consórcio e nessas o município teria autonomia para discernir sobre a inserção desses profissionais como prioridade para a vacinação”, declarou Larissa Gaspar.

Também participaram da reunião virtual os vereadores Gabriel Aguiar (PSOL), Danilo Lopes (Podemos), Guilherme Sampaio (PT), Lúcio Bruno (PDT) e Júlio Brizzi (PDT).

Por que jornalistas precisam estar no grupo prioritário?

Em atividade essencial na pandemia, desde o primeiro decreto nacional e estadual, estranha o fato de os jornalistas não terem sido incluídos nos grupos prioritários na vacinação. Pesquisa realizada pelo Departamento de Saúde, Previdência e Segurança da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) comprovou a vulnerabilidade dos profissionais, que estão expostos nas coberturas jornalísticas e podem vetores de transmissão do vírus.

Do início da pandemia até o final do mês de janeiro de 2021, conforme relatório da Federação, pelo menos 94 profissionais de imprensa perderam a vida em decorrência do novo coronavírus. A pesquisa mostra ainda a aceleração da letalidade neste ano, tendo em vista que quase 25% dessas mortes ocorreram em janeiro de 2021. 8% das vítimas são mulheres; a maioria absoluta dos mortos é composta por homens.

De acordo com o presidente do Sindjorce, Rafael Mesquita, os trabalhadores jornalistas estão na linha de frente entre os profissionais submetidos ao risco de contaminação, mas, diferentemente de profissionais da saúde, segurança, transporte, entre outros, não foram lembrados durante a definição dos agrupamentos mais vulneráveis.

“Jornalistas atuam nas ruas e em contato com outras pessoas na apuração de notícias, estão submetidos a severos riscos, prova disso é surto de contaminação que tomou veículos locais como a Rádio Assunção e o Grupo Cidade de Comunicação, inclusive com casos de óbitos”, aponta o dirigente.


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