Jornalistas rejeitam proposta patronal de Rádio e TV e lutam por reposição de 5%

Na noite de ontem, 19 de fevereiro, dezenas de profissionais que trabalham nas emissoras de rádio e televisão do estado do Ceará estiveram reunidos em assembleia convocada pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará (Sindjorce) para avaliar a proposta apresentada pelos patrões do segmento. Em votação unânime, a categoria rejeitou a proposta de reajuste salarial das empresas, de apenas 4%, considerada insuficiente pelo grupo.

Embora a proposta do Sindicato das Emissoras de Rádio e Televisão do Estado do Ceará (Sindatel-CE) seja de um aumento acima da taxa de inflação, que atingiu 3,71% no período, esta foi vista como muito distante de uma medida que venha a aplicar mecanismos de valorização profissional.

Diante disso, os profissionais elaboraram uma contraproposta de 5% de reajuste salarial, a partir de janeiro de 2024. Ademais, decidiram iniciar um estado de mobilização, incluindo uma campanha nas redes sociais e outras formas de pressão pública, para garantir um aumento salarial com ganho real.

“Com a inflação em declínio, os profissionais veem nesta conjuntura uma oportunidade crucial para iniciar a recuperação de suas rendas, que foram severamente afetadas pelos anos de arrocho salarial durante as últimas negociações”, destacou Rafael Mesquita, presidente do Sindjorce.

Insatisfação com a intransigência das emissoras de rádio e TV

Ao debaterem a proposta patronal, a categoria expressou insatisfação com a oferta apresentada pelos empregadores. Eles ressaltaram que na mesa de negociação que ocorreu no último dia 08 de janeiro, os patrões rejeitaram 90% das cláusulas laborais, cuja maioria não implicava em custos adicionais para as empresas. Além disso, destacaram a importância das empresas adotarem práticas alinhadas com os princípios alinhados à igualdade racial e de gênero.

Diferença de R$ 31,90

Diante da nova proposta dos trabalhadores, de 5%, o que separa jornalistas e empresas de rádio e TV de um acordo é apenas R$ 31,90. Essa quantia representa a diferença entre o piso ser ajustado em 4%, de acordo com a vontade dos patrões, ou crescer conforme o percentual solicitado pelos funcionários.

“O resultado da assembleia foi comunicado aos patrões, mas ainda não houve retorno por parte das empresas para o agendamento de uma nova mesa de negociação. É hora de seguirmos unidos para preparar mobilizações e pressionar as empresas para que atendam as justas reivindicações da categoria nas próximas semanas”, reforça Rafael Mesquita.

“Vamos à luta para garantir a reposição da inflação para todos os salários”, conclama o presidente do Sindjorce.


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