Sindjorce e Fenaj repudiam demissão coletiva na TV Otimista e cobram negociação

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará (Sindjorce) e a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) vêm a público denunciar as demissões ocorridas no início do mês de março na TV Otimista.

Até o fechamento desta nota, pelo menos 4 jornalistas haviam sido demitidos. Há também informações de baixas em outros setores da TV, com a demissão de estagiários, editores de vídeo e outros profissionais da parte técnica.

De acordo com informações de colegas que trabalham na emissora, as demissões ocorrem após parte da programação jornalística do veículo ter sido extinta.

Os cortes na redação causaram surpresa e indignação em toda a categoria dos jornalistas no Ceará.

Uma das empresas de televisão mais recentemente instaladas no Ceará, a TV Otimista foi inaugurada em 2020, nascida do grupo de mídia que publica o jornal O Otimista.

Diante do fato, o Sindjorce e a FENAJ advertem que a dispensa coletiva, quando não negociada, é entendida como uma violação dos direitos dos trabalhadores, tendo em vista que, em 2022, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que é obrigatória a negociação coletiva para dispensa em massa de trabalhadores (RE nº 999.435). Dessa forma, as entidades cobram que os donos da empresa estabeleçam diálogo com a organização classista da categoria, com a finalidade de amenizar os efeitos sociais maléficos causados pelo ato demissional.

O Sindjorce acrescenta que a estrutura da entidade está à disposição dos colegas demitidos, assim como a assessoria jurídica do sindicato está de plantão para analisar possíveis irregularidades cometidas pelo grupo empresarial durante as demissões.

As organizações profissionais prestam solidariedade aos profissionais dispensados dos mais variados setores da TV Otimista e lamentam o fechamento dos postos de trabalho.

Sindjorce e Fenaj reforçam, por fim, que esse começo de ano triste para o Jornalismo e para os jornalistas cearenses não passará despercebido.

Aos que continuam empregados, as entidades sindicais destacam a necessidade de união e participação ativa na luta contra a precarização da profissão.

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