Mídia Impressa: Em nova consulta, redações rejeitam proposta patronal

Vergonhosa, imoral, indecente, inaceitável e desrespeitosa foram os adjetivos que os jornalistas das redações de O Povo e O Estado utilizaram para classificar, durante a consulta realizada pelo Sindicato dos Jornalistas (Sindjorce), a contraproposta patronal de reajuste de 4% (ao passo em que a inflação foi 9,32%) para pisos e salários, referente à Campanha Salarial 2016/2017, e INPC (estimado em 2,69%) para a data-base de 1º de setembro de 2017.

Apresentada pela assessoria jurídica do sindicato patronal no início de agosto, a oferta das empresas já havia sido recusada pelas três redações de Fortaleza, em atividade realizada nas portas das empresas. A nova consulta à categoria foi realizada no dia 23 de agosto, por meio de um questionário respondido pela base.  “100% dos respondentes afirmaram ser contra a proposta de reajuste dos jornais O Povo, Diário do Nordeste e O Estado”, afirma a presidente do Sindjorce, Samira de Castro.

A categoria reiterou a contraproposta de reajuste de 12% escalonado, para fechamento das duas campanhas salariais em aberto, que foi apresentada ao patronato em ofício enviado no dia 2 de agosto. Até o momento, as empresas não responderam oficialmente. A assessoria jurídica do Sindjornais manteve um contato por telefone, informando a recusa do escalonamento, mas sequer foi enviada comunicação oficial. “Temos cobra insistentemente, mas o descaso com os jornalistas é grande”, reforça Rafael Mesquita, secretário-geral do Sindjorce.

Os jornalistas cearenses têm o terceiro pior rendimento médio do país, situação que pode ser agravada, caso as empresas insistam em tentar impor arrocho salarial à categoria. A proposta dos jornais impõe uma perda salarial de R$ 112,16 no piso do segmento de mídia impressa.  “Os operários da notícia precisam reagir a altura”, frisou Rafael Mesquita.


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