Sindjorce convoca categoria para discutir campanhas salariais e balanço de 2020

Entidade não descarta aprovação de estado de greve nas redações de jornais, revistas, rádios e televisões

O Sindicato dos Jornalistas do Ceará (Sindjorce) convoca a categoria participar da Assembleia Geral Ordinária que será realizada no dia 19 de fevereiro, às 18h, em primeira convocação, e às 18h30, em segunda convocação, para discutir e deliberar sobre o relatório da diretoria acerca das atividades de 2020, o plano de atividades de 2021 e também sobre as campanhas salariais paralisadas pelo patronato. Em função da pandemia de Covid-19, a reunião será por meio da plataforma Zoom, com envio do link um dia antes pelos meios de comunicação da entidade sindical.

O presidente do Sindjorce, Rafael Mesquita, destaca a importância da participação de todos os associados e associadas, tendo em vista a possibilidade de deliberação de estado de greve nas redações de jornais, revistas, rádios e televisões. “Sem reajustes salariais há três anos e sem qualquer disposição dos patrões em negociar, não resta outra alternativa à categoria a não ser demonstrar sua insatisfação cruzando os braços”, comenta o dirigente. Ele lembra que a participação é aberta aos não filiados e aos inadimplentes – com direito a voz, uma vez que o Estatuto só permite voto para os associados adimplentes.

Em plena pandemia, os maiores empregadores – Sistema Verdes Mares, Sistema Jangadeiro e Grupo O Povo – cortaram pelo menos 25% dos salários durante nove meses, o que levou muitos trabalhadores a entrarem em completo desespero: falta dinheiro pra tudo – alimentação, aluguel, mensalidades escolares etc. Pelo menos 202 jornalistas foram impactados pelas medidas de redução salarial e suspensão contratual no ano passado.

“Precisamos organizar nossa luta e mobilizar a categoria e a sociedade, ainda que virtualmente, para conseguirmos voltar a negociar”, completa Mesquita. Ele acrescenta que o vácuo de Convenções Coletivas de Trabalho (CCTs) traz insegurança jurídica para as empresas jornalísticas. “A reforma trabalhista está se mostrando danosa também para os empresários”, pontua.

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