Sindjorce vai às ruas em defesa da democracia e da segurança dos jornalistas

25607adf-c10a-425f-b364-7cb6e860392eUm dia que vai ficar na memória do povo e da cidade de Fortaleza. 50 mil pessoas foram às ruas históricas do Centro da Capital do Ceará, na sexta-feira, 18 de março, para defender a democracia e repudiar o golpe jurídico-midiático em curso no país. Com bandeiras, banners e cartazes, uma massa do campo e da cidade mostrou que não admitirá retrocessos institucionais e nos direitos trabalhistas e humanos.

A diretoria do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará (Sindjorce) participou da atividade não só para protestar contra retrocessos institucionais e nos direitos trabalhistas e humanos, mas também para garantir a segurança dos profissionais de imprensa que atuaram na cobertura da manifestação, já que repórteres de grandes grupos de comunicação têm sido vítimas de ameaças e intimidações vindas de parcela do público que vai às ruas. Na verdade, os profissionais estão sendo culpados, indiretamente, pela cobertura no mínimo tendenciosa que a grande imprensa, especialmente a TV Globo e afiliadas, vem dando à crise política e econômica do país.

“Os movimentos têm o direito de protestarem contra empresas jornalísticas, mas exigimos o respeito ao trabalho e à integridade dos jornalistas, que são trabalhadores assalariados e não podem ser responsabilizados pela linha editorial de seus empregadores”, afirmou Samira de Castro, presidente do Sindjorce, que usou os microfones dos carros de som para garantir o trabalho dos jornalistas que cobriam o ato.

Na atividade, uma equipe da TV Verdes Mares chegou a ser intimidada, mas a ação do Sindicato dos Jornalistas acalmou os ânimos e dispersou o grupo exaltado, evitando, assim, agressões físicas dos profissionais.

Samira, que também é 2ª tesoureira da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), disse que a posição do movimento sindical é de respeito aos jornalistas, ao jornalismo e à democracia, além de defender a democratização dos meios de comunicação, para corrigir os desvios históricos da informação veiculada nos conglomerados de mídia.

7ba4e70b-782a-49d7-b031-4b7eb3675295Como não podia ser diferente, grande parte da mobilização foi dedicada ao repudio à cobertura da TV Globo, acusada de aprofundar a crise e atacar, indiscriminadamente, Lula, Dilma e o PT. Em muitos momentos, o público gritou: “o povo não é bobo, abaixo à Rede Globo”, em referencia ao apoio da família que comanda a emissora e o jornal O Globo ao regime militar e ao fim trágico de Getúlio Vargas, além dos inúmeros episódios em que agiu mais como partido político do que empresa jornalística.

Diversidade

O dia de luta pela democracia foi marcado pela diversidade do público, que contou com a participação, especialmente, dos agrupamentos sociais que passaram a alcançar a cidadania, com as políticas públicas implantadas pelos governos populares nos últimos 13 anos, em especial crianças, jovens, mulheres, negros, índios, LGBTs (que são lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) e trabalhadores.

Em uma só voz, a multidão disse que não aceitará o ataque ao projeto político que retirou da miséria 42 milhões de brasileiros e outros 22 milhões da extrema pobreza; fez ascender à nova classe média 30 milhões de pessoas; gerou 21 milhões vagas de empregos; abriu as portas de 18 novas universidades públicas federais para negros e filhos de trabalhadores; ofereceu casa própria a 1,5 milhão de famílias e renda aos mais pobres; deu às empregadas domésticas a dignidade de uma profissão; elevou o salário mínimo de R$ 200,00 para R$ 880,00; além de reduzir a desigualdade social, as taxas de pobreza e de mortalidade infantil, promovendo a inclusão e a justiça social no Brasil, entre tantos outros indiscutíveis avanços.

Outra palavra de ordem na manifestação convocada pela Frente Brasil Popular é “não vai ter golpe”. A avaliação é que o “mercado”, definitivamente, entrou em cena para influir no processo político, o que inclui derrubar a presidenta reeleita em 2014, Dilma Rousseff, mesmo sem que a gestora seja investigada ou processada por algum crime.

 

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Fotos: Genilson de Lima e Wallison Queiroz/Fetamce

Leia também: Sindjorce e Secretaria de Segurança discutem medidas de proteção para jornalistas

 


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